Blockchain e moedas digitais para idiotas e loucos
O Blockchain pode ser explicado de várias
maneiras, mas gosto da mais simples que o considera como uma rede
descentralizada com base de dados distribuída, ou seja, a conexão é direta
entre os usuários (peer-to-peer).
Trata-se de um bloco de algoritmos criptográficos que são largamente utilizados
em inúmeras aplicações, muitas pessoas pensando que serve somente para a
criação de moedas digitais. As criptomoedas, no entanto são apenas o começo de
algo que está evoluindo tão rapidamente e junto com terminologias confusas que quem
não as entende começa a pensar que são mesmo produtos de loucos e apostas de
idiotas. Começo a constatar que a utilização do blockchain e outros meios
derivativos ou inspirados nele estão cada vez mais indo para além das moedas
digitais proporcionando um mundo novo que, provavelmente, irá fazer uma revisão
até do conceito de moeda como reserva de valor, meio de troca e unidade de
conta. É difícil saber para onde caminham loucos e idiotas, com destaque
especial para os visionários. Fato é que os mais ricos, geralmente, preferem
ativos a prova de idiotas como algumas celebridades e milionários tem chamado
investidores das criptomoedas, mas o que se vê hoje no mercado
Blockchain/moedas digitais é que se por um lado o varejo se mostrou
inicialmente mais ambicioso, algumas corporações e governos estão apostando
alto como investimentos.
Jordam Belfort,
conhecido como o "Lobo de Wall Street" tem a mesma posição
de Bill Gates quanto aos ativos digitais e ambos alertam que o Bitcoin é
baseado na “Teoria do Idiota Maior”: a alta do preço se deve a crença dos
compradores que existem “idiotas maiores” que comprarão o ativo por um preço
mais alto. A base da valorização é que haverá um próximo investidor e, na sequência,
outro e outro como uma longa fila. Gates diz que Bitcoin e ICOs – Ofertas Iniciais
de Criptomoedas – são coisas especulativas e loucas. Aos poucos, algumas moedas
digitais, no entanto, estão se firmando como commodities e não é por menos que
o Bitcoin é chamado de “ouro digital” no lugar de ouro de tolo.
Ouro digital “tolo”, Bitcoin e outras moedas digitais parecem perfeitas
dentro do estilo de negócio que até um idiota poderia dirigir e, certamente,
muitas estão caindo nas mãos de idiotas, como eu, que não quero delas propriedade
e sim retorno, de idiotas outros que gastam tempo como mineradores e forjadores
e tantos outros que delas tomam propriedade e acabam jogando no lixo dentro de
hardwares obsoletos.
Os idiotas e loucos estão apostando em uma
tecnologia revolucionária que transformará a indústria, o comércio, a mídia, o
entretenimento, a prestação de serviço e que já está transformando o sistema
bancário e de investimento para loucuras dos conservadores. Todas as áreas
serão afetadas e, principalmente, as básicas como saúde, educação, segurança,
transporte e habitação. A revolução industrial passou, o fim da história veio
ou não veio, estamos ou não no pós-modernismo, vivemos ou não no pós-industrial
e, enfim, muitos debates ainda rolam na vã ciência retórica humana, porém um
novo tempo está sendo anunciado, talvez não uma nova era como se apregoa, mas
certamente um marco importante para a Humanidade. A era digital está sendo
vivida há algum tempo e vem tomando conta do cotidiano, e os loucos e idiotas visionários
apostam que a tecnologia caminha seguramente para a Era Emaranhada que vem
silenciosamente avançando pelo multiprofissionalismo, pela
interdisciplinaridade, pelo multifuncional e pela transversalidade refletindo
na política como fenômeno do aperto de mão do capitalismo e do socialismo com
pitadas de comunismo, democracia, fascismo e ditadura. O mundo assiste,
apreensivo, ao aperto de mão dos idiotas e dos loucos.
Imagem: www.pensador.com
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