Emaranhado de Nfes, Bitcoin, altcoins, nanocoins, starups, fintechs e mercado financeiro




   Emaranhado é um novo e revolucionário livro contábil distribuído sem blocos, que é escalável. O emaranhado é característica de uma moeda digital específica: Iota. No entanto, a primeira moeda digital famosa foi o Bitcoin que ficou conhecido como ouro digital. Bitcoin e Iota são moedas digitais ou criptomoedas. Moeda digital significa moeda bit e bit corresponde ao dígito binário, termo que expressa menor unidade de informação no contexto informático. Como a Bitcoin surgiu primeiro, logo foi cunhado o termo altcoins para definir as outras moedas digitais sendo que coin é moeda em inglês e “alt” refere-se “às outras moedas que não sejam o ouro digital”. Com a proliferação de moedas virtuais aos milhares, cunhou-se novamente mais um termo que são as nanocoins, ou seja, criptomoedas negociadas a baixos valores com potencial para explodirem como ativos no mercado de exchanges.
   Necessário é entender que as moedas digitais estão sendo negociadas como ativos ainda que não tenham formato físico. Elas, em geral, são protocolos, são softwares, são plataformas de desenvolvimento, são ferramentas para criação de plataformas, são sistemas para criação de conteúdos de entretenimento. Percebe-se que elas estão diretamente relacionadas com a tecnologia e mais especificamente a um boom de starups e fintechs, que passo a explicar o que são. Originariamente, starup significava um grupo de pessoas trabalhando com uma ideia diferente que, aparentemente, poderia fazer dinheiro. Também é sinônimo de iniciar uma empresa e colocá-la em funcionamento. Atualmente, é entendida como um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza. Por sua vez, fintech vem da junção de finanças e tecnologia.
   Antes de associar starups e fintechs com moedas digitais e mercado financeiro, vou lidar com outro aspecto relacionado com bitcoin, altcoins e nanocoins. O leitor que tem um pouco mais de conhecimento do mundo tecnológico e das finanças já percebeu pelos argumentos apresentados acima que as Nfes – Notas Fiscais Eletrônicas e outros documentos digitais - com seus livros contábeis e fiscais estão próximas do emaranhado, da criptografia e do ativo que hoje são as moedas digitai e que juntamente com outras tecnologias criptográficas vieram a desempenhar papel importante para a tecnologia blockchain também conhecida como “o protocolo da confiança” na qual a descentralização é uma medida de segurança. Blockchain ou a cadeia de blocos de dados é uma estrutura que representa uma entrada de contabilidade financeira ou um registro de uma transação tal como se “algo” – mercadoria ou valor – fosse negociado. O blockchain faz parte do grupo DLTS - Tecnologias de Livro-Razão Distribuídas e só pelos termos que se vai utilizando percebe-se o quanto a contabilidade, documentos digitais e as moedas virtuais têm em comum.
   Quem acompanhou bem e conseguiu digerir a concisa argumentação supra, pode agora entender o quanto as moedas digitais têm em comum também com o mercado financeiro, pois serve para criar documentos digitais mais seguros e plataformas de conexão para troca de ativos, provedores de pagamentos e empresas dos mais diversos ramos, inclusive garantindo auditoria através de rastreamento dos dados. As starups e fintechs, empresas que estão se beneficiando com as moedas virtuais, poderiam ter procurado por investidores anjos, sítios de financiamento coletivo nas Redes Interconectadas ou mesmo por ofertas públicas de ações no mercado financeiro e algumas tiveram seu início assim até consolidar-se como criptomoeda, tendo melhor resultado ao inovar. A inovação foi criar o ativo moeda digital, ofertá-la no mercado desregulamentado pelos bancos e negociá-la através de exchanges que não estão submetidas à uma fiscalização rigorosa como a das corretoras tradicionais.
   O emaranhado não é fácil de se entender ainda mais que quando o assunto moeda digital começou a ganhar manchete dos importantes meios de comunicação, parecia que seria fácil de compreende-la a partir do blockchain, mas a tecnologia sempre supera a si mesma pela criação humana e o Iota dispensou “o protocolo de confiança” para inventar um outro sistema emaranhado: o Tangle. Emaranhada mesmo fica cada vez mais a nossa mente.

Imagem: https://www.jaapsch.net 

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