Os políticos e a reforma da previdência
Não sei o que se passa na cabeça dos
economistas e dos políticos que não ouvem o clamor popular. A reforma da
previdência não tem apoio do povo por falta de moral de quem
a quer implantar e por falta de transparência dos dados previdenciários. O mau caráter tem sido impositivo no mundo político e tem levado a
fracassar as reformas. Seria necessário reformar o caráter
brasileiro de Macunaímas, especialmente de quem ocupa o poder político, para o caráter da integridade que pode ser buscado em
biografias exemplares. As fraudes previdenciárias e má gestão dos recursos arrecadados também não são devidamente esclarecidos e enfrentados pelos poderes públicos.
Há boa vontade de alguns pensadores para apontar soluções para a Previdência e uma ideia que vem ganhando força é a da capitalização, justamente o que é considerado o sistema mais burro de investimento e que, assim, mais uma vez precisa ser bem explicado para o cidadão saber de que sistema de capitalização está se falando.
A previdência atual é um sistema solidário em que os que trabalham juntamente com uma parcela de aposentados contribuem com recursos que são, posteriormente, investidos e distribuídos para pagar as aposentadorias. Muitas leis foram elaboradas a partir de diferentes realidades e com base em perspectivas que não corresponderam ao futuro imaginado. Corrigir é sim necessário, mas o caminho não é simples, pois requer respeito ao que já está estabelecido aliado à ousadia para encarar privilégios de grupos fortes e consolidados.
O Brasil tem economistas e pensadores respeitados como Persio Arida, Paulo Guedes, Mauro Benevides, Marcio Pochmann, Gustavo Franco, Eduardo Giannetti e Armínio Fraga, entre outros. De uma ou outra maneira, todos são ouvidos pela mídia e influenciam no debate para encontrar soluções. O que falta é que seja dado a todos e à população acesso aos dados da previdência. Fala-se muito em transparência no governo, mas a prática é que só transparece a sujeira quando o problema chega ao judiciário e mesmo assim não convence por falta de caráter de membros que conseguem interferir em todos os níveis de governo.

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